23/01/11

Lombo de porco estufado

Um verdadeiro passo no escuro que resultou muito bem. Lombo de porco cá em casa... é mato! Ou seja, costumo fazer uma vez por semana porque rende para duas refeições (e estamos em crise, aliás, desde 1383-85 que nunca mais saímos da put... da crise!) Adiante, que este blog é para alegrias e não para tristezas! Como eu dizia, o lombo ou o lombinho (há diferenças de texturas e sabores...) é sempre tratado da mesma maneira, mas hoje deu-me nas ganas de lhe dar um tratamento preferencial: em vez de ir para o forno, optei por estufá-lo em tacho de barro. E não é que resultou?!?!
Cá vai disto, para aqueles que lêem e não comentam :)))
Cama feita com uma cebola grande cortada em rodelas finas
Apunhalei várias vezes o lombo para nos golpes lhe cravar lascas de dente de alho
Depois temperei com sal e pimentão picante, pelo que dispensei a pimenta-preta. Reguei com vinho branco e um cálice de moscatel de Setúbal. Juntei um raminho de alecrim especial (foi o «meu» tio Manuel que me ofereceu, directamente de um dos locais mais lindos do Minho!) Como o lombo era como eu («pele e osso»), achei por bem dar-lhe alguma gordura e, por isso, deitei um fio de azeite e duas boas colheres de sopa de banha de porco preto (daquela que o Vasco vende, sem rótulo). Como faltava um bocadinho de cor, juntei algumas tirinhas de pimento amarelo. Lume pouco esperto, que as espertezas são quase sempre saloias! E vai de esperar e de virar o lombo e de o banhar com mais bronzeador (findo o caldo em que se banhava, recorri a uma Heineken para não o deixar desidratar) e de voltar a revirar. Tendo perdido nestas operações quase hora e meia (e eu que não gosto de lentidões ?!?!)
Entretanto, havia que arranjar noiva para o lombo e por isso abri a porta do frigorífico, tirei de lá de dentro uns cogumelos, uns bróculos e um bacon em tirinhas que foram para um caçoilo de barro dançar o vira com um bom fio de azeite, uma pitada de sal e outra de pimenta-preta moída na altura.
Meus amigos e minhas amigas, eu não sei se era da fome ou da vontade de comer. mas a «experiência» desapareceu tão lesta dos pratos como nunca se viu. E no ar ficou a pairar um cheirinho a alecrim!!!

3 comentários: