20/09/11

Desventuras de umas pataniscas de polvo

Por vezes, quando era puto, vinham à mesa umas «coisas» que eu detestava e a que a minha mãe chamava Peixinhos da Horta: no fundo, feijão-verde passado por uma polme e frito em óleo. Hoje em dia, até sou capaz de gostar... ainda não voltei a experimentar, apesar de fritos não serem a minha especialidade, tanto em termos de saborear como de cozinhar (excepção para uns linguadinhos fritos com arroz de tomate ou açorda de berbigão e Batatas fritas da marca Ti-Ti.)
Talvez pela minha aversão à generalidade dos fritos, o preparado que me ocorreu experimentar não tenha corrido da melhor maneira. Não sei que raio me passou pela cabeça, mas deu-me para tentar umas pataniscas de polvo.
Vamos por partes:
1. O polvo congelado da Pesca Nova não tem sabor, mas ficou bem cozido e muito tenro. Quem quiser experimentar, tem outras soluções como comprar polvo fresco na praça (e congelar pelo menos por 2 dias) ou no Pingo Doce (passo a publicidade) também se encontram embalagens de polvo de excelente qualidade (o cinzento, porque o cor-de-rosa NÃO SABE A NADA)
2. Falhei ao cortar o polvo sem sabor em pedaços demasiado grandes.
3. Como se já não bastasse o erro, a polme também não saiu nada bem: entre 2 ovos, salsa picada, pimenta-preta moída na altura, sal, água e farinha, percebi que temos que juntar farinha até quase fazer uma argamassa que dá para juntar tijolos numa construção anti-sísmica e depois embeber nela o polvo, com a ajuda de duas colheres de sopa, e depois mergulhar o preparado em óleo bem quente. Eu optei por poupar demasiado na farinha com medo que se notasse muito o gosto.
4. Em suma, pataniscas saíram, mas ninguém quis repetir e ainda sobraram uns quantos nacos de polvo

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