27/06/12

Lumaconi

Apesar do nome estranho (Lumacone em italiano é... lesma!) eu trato estas massas por conchas ou por cascas de caracol. 
Olhei para elas no supermercado, elas retribuíram-me o olhar e foi paixão à primeira vista! 
Prestavam-se às mil maravilhas para aquilo que pretendia: massa recheada com tamboril, camarão e ananás. 
A imagem foi captada momentos antes de regar as lumaconi com o molho em que cozinhei os camarões, o tamboril e o ananás num banho de azeite, tomate, alho, cebola, gengibre e cebolinho. Como estamos a ser atingidos por uma vaga de calor, o tempo que demorei a rechear cada pedaço de massa deu para arrefecerem e irem mornas/frias para a mesa – exactamente o efeito que se pretendia.

24/06/12

Polvo de coentrada

Sábado, levantar cedo para ir à aula de guitarra, vir para casa e pensar no almoço. Não me apetecia carne. Um salto ao supermercado e descubro dois polvos pequenos a olharem para mim lá no fundo da arca congeladora. Nem mais!
A aventura começou: panela de pressão ao lume apenas com um fundo de água e uma cebola. Mal a água começa a ferver, mergulho os polvos, um de cada vez, cumprindo sempre o ritual de os «assustar» por três vezes antes de os deixar em repouso. Cubro com vinho tinto de boa qualidade (passo a publicidade: uma reserva de Herdade Porto da Bouga) e fecho a panela.
Entretanto, deito um generoso fio de azeite numa sertã, junto três dentes de alho bem picados e mais uma cebola igualmente picadinha. Em lume muito brando, mal deixo dourar a cebola e junto miolo de camarão e uma boa mão-cheia de coentros frescos, picados. Junto meio copo de vinho branco.
Para acompanhamento optei por bróculos e pão tostado frito em azeite.
Ao fim de meia hora, apaguei o lume aos polvos, deixei que a panela fosse perdendo a pressão e retirei os polvos... impossível estarem mais tenros! Quase se cortavam com uma colher – apesar de ser cada vez mais raro, fico piurso quando o polvo fica estilo pastilha elástica!
Cortei os polvinhos em pedaços e lá foram juntar-se aos camarões. Depois foi só apurar sabores e temperos e toca de levar à mesa sobre as fatias de pão frito.
O comentário da Joana ao final do almoço encheu-me o ego: «Estava bom!»
Para o jantar, mas não confeccionada por mim, foi à mesa uma deliciosa sopa de beldroegas.

 

14/06/12

Sopa de peixe

Cherne, camarões, vieiras e mexilhões casados com chalotas, alho, tomate, pimento-verde e vinho branco seco, perfumados com açafrão gengibre e um caldo de peixe preparado por mim aquando daquele sushi inesquecível do qual já aqui deixei testemunho.

Valeu a aventura.