24/12/14

Tripadvisor

Apesar de gostar de estar entre tachos e panelas – tachos dos verdadeiros, porque dos outros não me calham na rifa... –, por vezes também gosto de me sentar à mesa de um restaurante e ser bem servido.
Quando isso acontece, e tenho tempo, escrevo um pequeno apontamento no site Tripadvisor. Agora fui «premiado» com esta nota (ver imagem) e só posso agradecer àqueles que têm tido a paciência de ler os meus apontamentos de mesa.
Não percebo muito bem o funcionamento do site mas, se quiserem procurar por mim, o meu nome de código é PauloRamos59
.


01/11/14

Aya e Mercantina

Desde há meses que não venho aqui, não por se ter deixado de comer cá na pensão, mas porque nada de novo o original há a acrescentar.
Só para encher chouriços,... acho que não vale a pena.
Fica apenas o apontamento de dois restaurantes cuja visita aconselho:
O Aya que, graças à iniciativa louvável do sushiman Cícero Torres, renasceu das cinzas qual Phenix e que agora se encontra no Apolo 70, em Lisboa.

Em cima: vieiras

À direita: um combinado Osaka












O outro restaurante cuja visita aconselho, sobretudo para quem aprecia boa comida italiana, é a Mercantina, na Praça de Alvalade no antigo espaço do Centro Comercial, em Lisboa.
Aquando da primeira visita, gostei da comida, mas detestei a desorganização do serviço. Agora parece que este problema foi resolvido e o prazer é redobrado, sobretudo na esplanada para apreciar boa comida e este tempo fantástico de final de Outubro.
spaghetti al nero di seppia

01/07/14

Choupas

«A choupa é uma espécie hermafrodita, em que as fêmeas se podem transformar em macho».

Depois desta lição de zoologia passemos ao que interessa: as choupas.

Das idas a pescarias com o meu primo Mário e o meu amigo Zé Bon de Sousa, as choupas (pequeninas) eram as que mais mordiam o anzol, seguidas por fabulosos sargos, também de dimensões contidas. 

Dantes, pequeninas como eu as pescava, e de acordo com o meu tamanho de puto, eram fritas, pelas cozinheiras da Pensão Central de Armação de Pêra e depois saboreadas ao almoço.

Agora, com a sócia a ir à busca das choupas e já sem precisar das dezenas de anzóis empatados pelo sócio, são maiorzitas, não se prestam a frituras em oleosidades gordurentas, mas ficam Magníficas grelhadas numas boas brazas acendidas cá pelo Je.

A grelhar e já no prato,
um sabor sem igual...

Cadelinhas, Conquilhas

Nada melhor do que ir passear o cão, que é uma cadela, até à Fonte da Telha e aproveitar a baixa-mar para apanhar umas conquilhas.
Apanhem-nas, lavem-nas bem para perderem a areia e temperem-nas a gosto.

Eu gosto de:

Alho,
Azeite
Sal
Pimenta-preta
Sumo de limão
Coentros



Mexilhoada

Saiu bem, mas ainda há-de sair melhor.
Resultou de um programa do 24 hour kitchen que a sócia viu com aquela pindérica pseudo rock a billy mais a Filipa Vá com Deus (que eu vou com os demónios).
E resultou muito bem. Para a próxima, os retoques são: mais tempo de cozedura dos legumes e menos picante.

Não tentem fazer isto se não têm varinha-mágica.

Eu comprei:
1 kg de mexilhão
1 pimento verde
1 pimento vermelho
6 camarões argentinos (que estavam cheios de ovas!)
e o resto procurem no site do 24 hour kitchen


 


 

16/05/14

Massada de marisco

Felizmente, o trabalho tem sido algum e o tempo de vir aqui pouco ou nenhum.
Mesmo assim, o pessoal cá da Pensão Estrelinha tem continuado a alimentar-se sem necessidade de recorrer a féstefudes ou a outras matérias plásticas. A originalidade é que tem primado pela ausência e, por isso, não vale a pena estar a postar banalidades.
Esta massada não foi banalidade nenhuma e resultou bastante bem. Além disso, teve a originalidade de cá o je se ter limitado a seguir as instruções da sócia, ou seja, mandou e eu obedeci.
Não deixo receita, porque não foi de minha autoria, deixo apenas alguns dos ingredientes usados:

Camarões, vieiras, mexilhões, alho, chalotas, azeite, polpa de tomate, pimento-vermelho, vinho branco, salsa e, FUNDAMENTAL, um bom caldo de marisco e peixe.

 

04/02/14

Bobó de camarão

Aqui há uns tempos o pessoal da natação resolveu ir jantar a um restaurante brasileiro para as bandas da Expo (fica mesmo em frente ao Casino de Lisboa). Entre os vários pratos que vieram para a mesa destacou-se o Bobó de Camarão.
Hoje deitei mãos à obra e tentei recriar o dito cujo. O resultado não desiludiu, antes pelo contrário.
Fiz para dois, repetimos e ainda sobrou um bocadinho para amanhã.
Lista de ingredientes:
1 mandioca 650 g
1 lata de leite de coco
Miolo de camarão (convém de tamanho razoável)
2 cebolas
3 dentes de alho
1 folha de louro
coentros
polpa de tomate (3 colheres de sopa)  
Azeite (dada a hora a que comecei a cozinhar já não tive tempo de ir comprar azeite-de-dendê ou óleo de palma, mas disto já experimentei  e não aconselho a utilização)
1/2 limão
sal
2 Bird's eye (malaguetas minúsculas mas muito picantes.
Nunca tinha cozinhado mandioca e, afinal, é muito mais fácil do que eu imaginava.
Então vamos lá:
Faca bem afiada e toca a descascar a mandioca, que depois é partida em pedaços. Uma cebola grande cortada em quartos e requartos. Tacho, água, sal, folha de louro, a mandioca e a cebola lá para dentro. Deixar cozer bem até a mandioca começar a desfazer-se. Retira-se a folha de louro e junta-se então o leite de coco. Recorre-se à varinha mágica para obter um creme espesso. 
Numa frigideira deita-se o azeite, os camarões, que ficaram previamente a marinar em limão, as bird's eye desfeitas. Deixam-se os camarões ganharem cor e junta-se-lhes a outra cebola e os 3 dentes de alho (tudo bem picadinho). Quando a cebola estiver no ponto acrescenta-se o preparado de mandioca, a polpa de tomate e os coentros. Deixa-se levantar fervura, rectificam-se os temperos e já está!
Acompanha-se com arroz branco.

Bolo esponja com morangos e chantilly /スポンジケーキ イチゴ ホイップクリーム

Isto não há fome que não dê em fartura. Ou seja, começo a enjoar de tanto programa de cozinha que vai enchendo diferentes canais da TV. Assim, para evitar um empanturranço dei comigo a fazer um zaping e a ir parar ao canal NHK, ou seja, a terras do Sol Nascente. E toma lá: em vez de um programa sobre Ikebana, Origami ou o monte Fuji, apanho com um cozinheiro japonês a viajar pela sua santa terrinha em busca de produtos naturais e frescos que só vistos!
A páginas tantas do seu périplo manda o efebo que o acompanha ir buscar morangos à estufa de um casal que só produz para vender à vizinhança, e mais ovos de galinhas que são criadas em liberdade, mas tinham que ser especiais: são os primeiros ovos postos por galinhas poedeiras, isto é, frangas que começam a botar ovos – diz o entendido que os ovos do primeiro mês
de postura são os melhores do Mundo – acredito, mas não tenho uma franga à mão.
Reunidos os ingredientes, o japonês começa a tratar-lhes da saúde. E prontos, não resisti.
Vamos lá a tentar explicar como as coisas se passam:
500 g de morangos
250 g de açúcar.
Deixam-se assim de um dia para o outro. Eu deitei-lhes uns pingos de limão.
Ao outro dia, comecei por fazer o bolo esponja:
5 ovos
150 g de açúcar
200 g de farinha
1 saqueta de levedura
1 pacote de natas de 200 ml
Separam-se as gemas das claras. Misturam-se as gemas com o açúcar. Mistura-se a farinha com a levedura e envolve-se aos poucos com os ovos. Quando estava tudo misturado pensei de mim p'ra comim: «Já tenho argamassa para tapar uns buracos na paredes!!! Nada de desesperar: se aquilo saiu bem ao japonês, também não me há-de sair mal a mim.»
É altura para pré-aquecer o forno a 160-180° C.
Batem-se as claras em castelo e envolvem-se a pouco e pouco na massa de ovos. Et voilá! A argamassa começou a ficar fofa que nem uma nuvem!
Forra-se um tabuleiro de alumínio com papel vegetal e unta-se o papel com um pouco de manteiga. Coloca-se o preparado no tabuleiro e forno com ele durante meia hora.
A seguir tiram-se os morangos do frigorífico e coa-se a calda. Aproveita-se um pouco da mesma e deita-se num tacho com os morangos cortados em pedaços. Leva-se a ferver até os morangos ficarem macios, mas não espapassados!!!


Usam-se as natas para fazer o chantilly – aqui foi a vez de a sócia da Pensão Estrelinha entrar em acção, porque o faz muito melhor do que eu.
O bolo esponja está pronto! Tira-se do forno e deita-se sobre um pano. Deixa-se arrefecer um pouco.





Espalham-se os morangos por cima






e a seguir o chantilly.
Depois enrola-se como se de uma torta se tratasse. Vai sobrar/saltar chantilly. Portanto, não usem todo.
Termina-se banhando o bolo esponja com a calda dos morangos e fica assim:




31/01/14

Cheesecake e massa frita com carne de vaca e cogumelos

Apenas para deixar alguns apontamentos daquilo que tem ido à mesa nos útlimos dias cá na Pensão Estrelinha.
1. Um cheesecake com cobertura de compota de frutos silvestres e framboesas. Não passo a receita porque basta comprarem uma (é melhor 2) embalagens de queijo Philadelphia e encontram-na no interior. Resulta sempre!
Atenção: eu prefiro fazer a massa de base com bolacha tostada, utilizo praticamente 100 g e precisa de cerca de 50 g de manteiga, mas é manteiga mesmo, não inventem com margarinas e afins.
Apenas um conselho: não optem por cobertura de chocolate porque fica uma «bomba» e bastante enjoativo, e para enjoativo já bastam os tempos que correm.


2. Uma massa chinesa (noodles) frita com carne de vaca, diferentes variedades de cogumelos, couve pak-choi (ou bok-choi – ainda não descobri qual o nome mais correcto), omelete, rebentos de soja, amêndoas, alho, gengibre e molho de ostra.
Enquanto se salteiam os ingredientes no wok, coze-se a massa por 3 minutos e passa-se por água fria. Deita-se a massa numa frigeira com um pouco de óleo e deixa-se fritar de um lado, cerca de 3 minutos com o lume bem quente, mas é melhor controlar o grau de fritura; cá em casa gostamos dela bem estaladiça. Usei uma espátula larga para virar a massa e deixei fritar mais 3 ou 4 minutos. A massa vai para uma travessa e leva a carne e os legumes por cima.
Atenção aos temperos, sobretudo não convém abusar de sal porque tanto o óleo de soja como o molho de ostra já são salgados qb.


13/01/14

Peixe-galo

Feioso à primeira vista, o peixe-galo fica a perder na aparência aquilo que ganha em sabor.


Cá em casa costuma ser frito, depois de cortado em postas relativamente finas. Temperadas com sal, pimenta-preta e uns pingos de limão, ficam a repousar cerca de uma hora.

Depois de passadas as postas por farinha e fritas em óleo bem quente, foram assim para o prato. Desta vez o acompanhamento foi um arroz de grelos, porque bom mesmo é uma açorda de berbigão ou uma açorda preparada com as ovas do peixe-galo. No entanto, azar a dobrar: berbigão nem vê-lo na praça, nem sequer congelado no supermercado e, além disso, calhou-nos um peixe e não uma peixa – portanto, nada de ovas.
Fica para a próxima...



06/01/14

Cataplana de cherne

Cherne é um daqueles peixes que merecem todo o meu respeito e, por isso, todos os cuidados são poucos para lhe prestar a devida homenagem.
Depois dos devidos salamaleques, tenho a certeza de que tratei bem destas duas postas que resolvi acomodar num utensílio de cozinha com o qual gosto bastante de trabalhar, a cataplana.
De maneira a não se sentirem sozinhas e abandonadas, achei por bem pô-las em convívio com uns mexilhões e uns quantos camarões.
Deram-se bem e o festim foi devidamente regado por um excelente Vila Flor branco oferecido pelo meu amigo e vizinho José Maria.




Salada do mar

Polvo casa com lulas, 
lulas casam com mexilhão, 
mexilhão casa com ovas de peixe-voador curtidas em wasabe que, como são verdes, casam com rúcula que, para brilhar, casa com tomate-cereja.
Tudo temperado com uma vinagreta ficou assim:



タコ, イカ, トビウオ, イガイ, わさび

Caldeirada de polvo

A base foi a da mais do que tradicional caldeirada de peixe mas, em vez deste, experimentei com polvo (previamente cozido), camarão e grão.
E não é que resultou?