22/08/13

Caril japonês カレー

Quando se fala em caril pensa-se de imediato na Índia, mas a verdade é que o caril vai mudando de aromas e modos de preparação por todo o imenso Oriente. 
Já tinha ouvido falar de um caril, penso que da Malásia, que incluía batata entre os ingredientes. Ora, o caril japonês também é confeccionado com batata.
Ontem, graças à presença da Rin (leia-se Lin) Ishii em nossa casa durante 15 dias, tivemos a oportunidade de sermos presenteados com um magnífico caril カレー(Karē) cuja confecção correu integralmente a cargo da jovem e o resultado superou em muito todas as expectativas. 
Saboroso, delicioso ou excelente são adjectivos que não fazem jus a este caril preparado pela Rin e o que melhor o define é: INESQUECÍVEL.
Como não fui eu que estive ao comando dos tachos, deixo aqui apenas a lista dos ingredientes, de uma simplicidade extrema, de que a jovem Rin necessitou para preparar este verdadeiro manjar dos deuses:

Para cinco pessoas: 
500 g de carne de porco (cortada em cubos pequenos)
2 cenouras
2 cebolas médias
5 batatas
1 fio de óleo de girassol
± 250 g de arroz para sushi
e o ingrediente especial, o preparado de caril, que trouxe com ela do Japão mas que, graças à globalização, é possível encontrar à venda nalgumas lojas em Lisboa.

No canto superior direito da embalagem está indicado o grau de picante: este é o mais baixo e extremamente suave. Imagino o que será o grau 5!




09/08/13

Apontamentos

Já faz tempo que este blog não é actualizado. Tal não significa que a Pensão Estrelinha tenha falido (como tem sucedido com tantos estabelecimentos por este país afora) nem que tenha deixado e servir refeições aos seus comensais. Tem sido apenas uma questão de falta de tempo e/ou de novidades dignas de nota.
Assim, e numa visita de médico, ficam aqui três apontamentos de receitas recentemente levadas à mesa: 

Uma sopa de Beldroegas à moda de Elvas, uma Bolonhesa servida a duas fantásticas convidadas nipónicas e uns carapauzinhos daqueles de comer e chorar por mais.

Sopa de Beldroegas
Não foi confeccionada por mim, que me limitei a sugerir a receita de Olleboma (António Maria de Oliveira Bello) do seu livro Culinária Portuguesa. As beldroegas são ervas daninhas e só durante um curto espaço de tempo do Verão é que estão em condições de se deixarem comer. Como a receita não é minha e nem sequer fui eu que a preparei (foi a sócia), deixo aqui apenas a fotografia de uma sopinha que é de comer e chorar por mais.


Esparguete à Bolonhesa
Enquanto a Joana está no País do Sol Nascente, a Rin Ischii e a Hikari vieram visitar-nos e experimentaram um spaghetti bolognese confeccionado por mim. As diferenças culturais são mais que muitas mas uma coisa eu sabia: quanto mais ruído fizerem a sugar a pasta mais isso significa que lhes está a agradar. Foi um verdadeiro prazer para os ouvidos!
Não acho que valha a pena deixar aqui uma receita que todos sabem confeccionar. Fica apenas o conselho: se receberem Japoneses em vossa casa, dêem-lhes a saborear este prato e vão ver como fazem as delícias dos vossos convidados


Jaquinzinhos

Como não sou especialista em fritar peixe, foi a sócia que se encarregou de confeccionar estes magníficos jaquinzinhos. Acompanhados com uma alface frisada, não podiam estar melhores.