27/10/13

Pão-de-ló

Como já disse neste blog por várias e variadas vezes, a doçaria não é a minha especialidade. O seguir receitas à risca não vai muito com o meu feitio e, por isso, costumo deixar que a tarefa corra a cargo da sócia da Pensão Estrelinha. 
A culpa foi de novo daquele maldito canal 24 kitchen da Zon e desta vez de uma menina bué da pirosa, armada em rockabilly de trazer por casa mas que, volta e meia, até apresenta uns preparados dignos de registo.
Foi este o caso e aqui ficam as fotografias do resultado. Apenas um conselho para quem tomou nota da receita da serigaita: pelo menos mais 5 a 10 minutos de forno a 180-200°C.

Como saiu do forno
Depois de desenformado
O resultado final numa mesa
para cinco pessoas


 
 

20/10/13

Feira do Relógio

Recomendo a todos os Lisboetas, sobretudo àqueles que apreciam produtos genuínos, uma visita à Feira do Relógio. Não vão à procura de produtos «biológicos, ecológicos, sustentáveis, nem etcetera e tal!», tantas vezes com um aspecto deplorável e maningue caros, mas tão simplesmente daqueles produtos que saem da terra há centenas de anos, com um aroma e um sabor inconfundíveis. É lá que tenho encontrado cebola-tenra, rúcula, rabanetes, cebolas (2.50 euros uma saca de 3 kg), alhos, alfaces de toda a espécie e variedade, feijão-encarnado, hortelã e muitas outras coisas por preços quase irrisórios. AVISO: as cebolas fazem mesmo chorar quando as picamos!
Os stands :))))) da Feira do relógio que interessa visitar ficam a meio da dita cuja, ou seja, antes de chegar a eles é preciso atravessar uma longa linha de bancas de comerciantes que vendem de tudo, desde legges, legges, legges, até malas Doce & Abana!
Na última visita que fiz à Feira do Relógio, entre outras coisas saíram-me na rifa dois ananases por 3,50 €. Isso mesmo! Não eram abacaxis, mas ananases verdadeiros. Foi este o tratamento que dei a um deles:
 

Requentados

O trabalho tem-me ocupado bastante os últimos tempos, algo de que nem eu nem ninguém se pode queixar face à actual conjuntura.
No entanto, os hóspedes cá da Pensão Estrelinha continuam a ter que ser alimentados – umas vez com mais imaginação, outras nem por isso. Daí o título deste post, «requentados», pois as imagens já há algum tempo que deviam ter sido publicadas.
Como mais vale tarde do que nunca, aqui estão. 
Tratou-se de um jantar algo british: uma mão de borrego assada no forno, acompanhada por feijão-branco amancebado com fio de azeite, birds eye chillies (umas malaguetas minúsculas mas picantes p'ra caraças!) e salsa.
Devido ao canal 95 da Zon (passo a publicidade, porque não me pagam para isto) o jantar terminou com uma verdadeira delícia de terras de Sua Majestade. A confecção desta verdadeira maravilha da doçaria relativamente simples e eficaz não correu a meu cargo. Deixo a receita que foi tirada de um programa do 95 da Zon em que na primeira parte um tipo inglês leva o amigo a passear por terras de França num Porsche Cayenne e «maltrata» o desgraçado e, na segunda parte, começa a cozinhar, geralmente receitas que se lembra que a avó preparava. 
Resumando e concluando: pura pornografia gastronómica, um verdadeiro atentado às papilas gustativas, dada a salivagem que tais receitas desencadeiam.
Seguem-se as imagens:

 
À mão de borrego e ao feijão-branco, seguiu-se um pão-de-ló indiscritível. A última imagem é a da receita e recomendo vivamente que experimentem. Eu não gosto especialmente de pão-de-ló, mas este é de outro Mundo.
 
 O pudim ainda na forma.
O pudim já desenformado.

Nem na montra da melhor ourivesaria
se vê uma preciosidade destas...
E aqui fica a receita: