20/06/13

Cheesecake Master Class

Sempre que vejo uma Master Class pego num papel e numa caneta. Parece-me que volta e meia há marosca nas quantidades mencionadas – Chef que se preze, não divulga os seus segredos por dá cá aquela palha –, mas fica ao nosso critério apurar o receituário, que é bastante melhor do que as lições do Avilez ou da Nigella, já para não referir de Olivier, Ramsay e Companhia.
Foram estes os meus apontamentos para este Cheesecake, que comecei a preparar e do qual deixarei o resultado assim que ficar pronto.
Como já foi confeccionado, testado e aprovado pelos hóspedes da Pensão Estrelinha, deixo aqui o relato dos acontecimentos.
Comecemos pela base. Geralmente as receitas de cheesecake recomendam uma base feita com bolacha e manteiga. Esta não tem nada disto e, garanto, fica cento e duzentos por cento melhor! Ora, tomem nota: 3/4 de chávena (chá) de farinha; 1/3 de chávena (chá) de amêndoa ralada (eu como não tinha, usei coco ralado e... funcionou!); 90 g de manteiga; 1/4 de chávena (chá) de açúcar. Amassei os ingredientes até obter uma massa que pareceu que não iria chegar para cobrir metade da forma recomendada (20 cm de diâmetro). Porém, com o auxílio de um salazar e os ensinamentos da minha sócia, e por mais surpreendente que possa parecer, a verdade é que a massa acabou por forrar o fundo da forma. Foi então ao forno, pré-aquecido a 150°C, durante 15 minutos. Findos os quais, ficou assim:


Retirei do forno e deixei arrefecer. Comecei então a preparar o cheesecake propriamente dito. Uma das regras de ouro que tenho aprendido na cozinha é que podemos inventar tudo, menos receitas de pastelaria. Por isso, segui à risca as indicações da criadora da receita (Donna Hay), mas digo-vos: 10/12 minutos chegam. Então, vamos lá ao que interessa: 
Uma taça para combinar os ingredientes, 500 g de ricotta de boa qualidade, uma embalagem de Philadelphia; 1 chávena (chá) + 1/3 de açúcar, 4 ovos, sumo de 1 limão, uma colher de sopa de raspa de limão, 1 colher e meia (de sopa) de farinha de milho diluída em igual quantidade de água (eu acho que reside aqui o segredo para o recheio não rachar durante a cozedura). A batedeira na velocidade mais baixa... et voilá!
Depois de preparado o preparado (foi de propósito) e antes de o deitarmos sobre a base, pincelamos todo o diâmetro da base com manteiga. Depois de provado e aprovado pelas comensais cá da Pensão Estrelinha – incluindo a Daisy – o recheio foi assim 1 hora para o forno, a 150°C. Antes disso, convém agitar e bater ligeiramente a forma já com o preparado para soltar eventuais bolhas de ar. Eu não fiz isso e fui premiado com algumas crateras inestéticas.


Ao fim de uma hora, desliga-se o forno e deixa-se mais outra hora no dito cujo. Ós despois, vai mais duas horas para o frigorífico. A fotografia poderia ter sido tirada pelo Neil Armstrong quando pisou a Lua, mas a verdade é que saiu do meu telemóvel, porque a Nikon D40 decidiu deixar de focar. As crateras resultaram da minha pressa e de não ter seguido os conselhos da Donna Hay.


Tomem lá uma fatia e deliciem-se...



 

16/06/13

Bifinhos de porco à Asiática

Isto de cozinhar, tem que ser mesmo feito com alma e coração, condimentos aos quais também não podem faltar espírito de aventura e de inovação.
Banha, alho, cebola caramelizada, shaoxing, molho de ostra, sumo de limão, sal e pimenta-preta, coentros e folhas de hortelã.
Uma mistura de aromas e sabores que, tapada a frigideira para deixar vaporizar os condimentos, resultou num prato daqueles que considero – modéstia à parte, bem conseguido.
Ficou assim para cinco comensais:
Para o meu amigo de La Cocina del Loco, fiz esta tradução:
1 cebolla y 2 ajos caramelizados en manteca de cerdo; después los lomos de cerdo más sal y pimienta negra molida. Zumo de 1/2 limón. Un vaso de Shaoxing y una cuchara de salsa de ostras. Dejar reducir bien. Añadir los mejillones, cilantro picado y tres hojas de menta. Cubrir por 3 a 5 minutos y ya está! Sólo quedan las papas fritas.

 


01/06/13

Tarte de coco

A tarte de maçã com leite condensado é sempre bem recebida à mesa cá da Pensão Estrelinha. No entanto, ontem decidi fazer uma experiência à base de coco. O resultado foi bom, mas ainda poderia ter ficado melhor.
Nota: não há fotos, porque desapareceu mal chegou à mesa.
Fiz assim: 
1 embalagem massa quebrada na tarteira;
2 ovos + 1 lata de leite condensado numa taça: tudo misturado com a batedeira eléctrica. 
A este preparado juntei 150 g de coco ralado e misturei bem com a batedeira.
Forno pré-aquecido a 180°C e lá foi a experiência a cozinhar por meia hora. 
Depois de testada com palito e já bem alourada, polvilhei com mais um pouco de coco ralado. Mudei para a função grill e levei ao forno mais 2 minutos (o tempo suficiente para o tope de coco passar de branco a castanho).
Ficou bem, mas ainda pode ficar melhor reduzindo o tempo de forno a 20 ou 25 minutos, de maneira a deixar o preparado mais húmido e menos cozido.
Experimentem: o resultado vale bem a pena