Felizmente, o trabalho tem sido algum e por isso pouco tempo sobra para postagens aqui na Casa de Pasto. No entanto, o pessoal cá da pensão continua a comer e assim deixo de passagem algumas das receitas que foram recentemente à mesa.
1. Arroz preto com camarão e salmão fumado. Além de este arroz ter um gosto especial, muito característico, e de ter vindo directamente de Itália, embora também se encontre por aqui, a única ressalva que deixo para quem estiver interessado em experimentar é que o tempo de cozedura excede em muito o indicado na embalagem (18 minutos). Por seu turno, assim que se juntam ao arroz, os camarões mudam de cor e ficam bastante escuros, mas nem por isso perdem o sabor.
2. Polvo e lulas salteados com bróculos. Para as quatro pessoas cá da pensão usei dois polvos pequenos e uma dúzia de lulas das mais pequenas. Enquanto os polvos coziam por 25 minutos na panela de pressão, salteei em azeite um alho-francês cortado em rodelas finas, dois dentes de alho bem picados e uma cebola também picada. Depois de atingirem o ponto ideal juntei as lulas e deixei-as largar água. Acrescentei então um copo de vinho branco e a seguir os bróculos também foram para a frigideira. Entretanto, os polvos ficaram cozidos. Como ficaram bem pequenos, cortei-os apenas pelas patas. Juntei dois ovos cozidos para emprestar um pouco mais de cor ao conjunto. Rectifiquei temperos de sal e pimenta-preta moída na altura e levei à mesa.
3. Uma bolonhesa que virou rolo de carne. Esta carne picada destinava-se à preparação de um esparguete à Bolonhesa mas decidi trocar-lhe as voltas e fazer um rolo de carne. Para primeira experiência não correu mal, mas para a próxima ainda irá ficar melhor e nessa altura aqui relatarei os acontecimentos.
4. Um coelho imperial, ou melhor, palaciano. Esta não é da minha lavra e resultou das muitas bisbilhotices que faço pelos blogs daqueles que, com muito mais experiência e know-how do que eu nestas andanças pela cozinha me deixam com água na boca. Para quem, como eu, aprecia coelho, aconselho vivamente esta receita.
Fabulosa a descrição da confecção, que tive oportunidade de comprovar – «A partir de agora, o coelho frito vai decorrendo neste ciclo: um pouco de vinho para desglaçar
os caramelos que se formam quando os aquosos se esgotam...»
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