Como não sou chef, ao contrário de um tal Pessoa, que se dá ao despudor de colocar como sua num livro de culinária uma receita de camarão e tagliatelle com tinta de choco (o anúncio da Milaneza fartou-se de passar na TV, e eu só vejo televisão quando há jogos do FCP ou da Selecção...), tenho por minha honra dizer que esta receita NÃO é minha e que deve ter sido uma das minhas primeiras aventuras na cozinha após consulta da Teleculinária do CHEF Silva no final dos idos da década de 1970. A única inovação que achei por bem introduzir foi a canela em pó, que não consta da receita original, mas que cai muito bem.
Passando adiante... Os ingredientes são fáceis de encontrar: 4 maçãs de bom tamanho e da melhor qualidade (as de Alcobaça são excelentes); uma lata de leite condensado; dois pacotes de bolacha Maria, dois ovos; canela em pó.
Desta vez, em vez da massa areada preparada com bolacha Maria e manteiga, optei por massa Quebrada da Bimbo e, portanto, não vale a pena contar como foi fácil estender a massa na forma.
Dizem os entendidos que não existem pêros e que são tudo maçãs. Pois eu optei por aquilo a que quando eu era puto se chamavam pêros Bravo-Esmolfe (conhecido no Alentejo por Bravo Mofo) cortados em cubos, misturados com água e levados a lume brando até ficarem mais líquidos do que o Schwarzenegger na cena do mercúrio do Exterminador. Ficam perfeitos antes de chegarem a coulis. Enquanto os pêros cozem e se cortam duas maçãs – estas eram mesmo maçãs de Alcobaça – em quartos que depois são esquartejados em lâminas o mais finas possível, misturam-se os ovos com 2/3 do leite condensado. Depois de arrefecidos, misturam-se os restos dos pêros Bravo Mofo com o preparado de ovos e leite condensado que a seguir se verte para a cama de massa quebrada.
A decoração é feita com os quartos laminados das maçãs cortados (a minha cadela Daysi encarregou-se de reciclar os desperdícios, os pedaços que não aprovou no seu controlo de qualidade), sobre os quais se deita o leite condensado restante e polivilha-se com canela em pó.
Vai ao forno meia hora a 40 minutos a 220°C, retira-se, deixa-se arrefecer e está pronta a saborear.
A decoração é feita com os quartos laminados das maçãs cortados (a minha cadela Daysi encarregou-se de reciclar os desperdícios, os pedaços que não aprovou no seu controlo de qualidade), sobre os quais se deita o leite condensado restante e polivilha-se com canela em pó.
Vai ao forno meia hora a 40 minutos a 220°C, retira-se, deixa-se arrefecer e está pronta a saborear.
Caríssima:
ResponderEliminarBoa tarde.
De facto não existem pêros.
E a variedade de maçã tem o nome de "Bravo de Esmolfe".
Cordialmente
Ana Duarte