Da pescaria da Fonte da Telha ainda sobraram uns fantásticos alcorrazes de dois tamanhos: uns prestaram-se às maravilhas para grelhar no carvão e outros, por serem mais pequenos, só podiam mesmo ser fritos.
Ao contrário do que é costume, apresento aqui duas fotos que não saíram da minha Nikon D40 mas, devido a problemas graves com a canalização do lava-loiças cá de casa, não tive tempo para captar imagens.

Assim, esta serve para mostrar os ditos alcorrazes ao natural e «pesquei-a» no blog 5esq.
Antes de mais, refiro que estes peixitos são da família do sargo e, feitas as apresentações, só se pode esperar um sabor indiscritível, majestoso.
Por certo não serão peixes a degustar em qualquer restaurante estrelado pelo Guia Michelin, mas quantos sabores rústicos, naturais e verdadeiros passam à margem de tais unidades de restauração...
Adiante. Da fritura dos alcorrazes mais pequenos encarregou-se a sócia da Pensão Estrelinha e o preparo dificilmente poderia ter saído melhor.
Dito isto, coube cá o je, moi, myself encarregar-se do arroz de tomate enquanto ao mesmo tempo tentava desentupir o raio do cano do lava-loiças!
Antes de mais: arroz de tomate! Nem vê-lo!!! Mas a sócia gosta e merece.
Sem mais delongas – eu fiz assim:
Tacho pequeno com generoso fio de azeite, 1 dente grande alho bem picado, meia cebola bem picadinha. Lume brando e deixei que ganhassem cor. Juntei 1 copo de vinho branco e esperei que casassem bem. A seguir, meia lata de polpa de tomate (italiana). Um copo de arroz agulha Cigala. Envolvi bem o arroz no refogado e deixei estar em lume muito brando por 2 ou 3 minutos. Juntei 3 copos de água, sal e pimenta-preta moída na altura. Quase no fim da cozedura, rectifiquei temperos e juntei salsa.
Moral da história: os alcorrazes estavam divinos! E o arroz de tomate... foi o melhor que fiz até hoje, porque foi o primeiro que saiu da minha lavra! Comi e repeti. A idade tem destas coisas.