A sogra ofereceu uma vitela que, ainda crua, quase se cortava com uma colher. Portanto, havia que tratar a matéria-prima com todo o cuidado, respeito e carinho.
A verdade é que carne guisada nunca foi o meu forte, quer em termos de degustação quer, sobretudo, em termos de preparação.
Não pesei – coisa que não se deve fazer a uma prenda, como foi o caso, tal como ainda menos se pergunta o preço – mas calculo que devia ser 1 kg. Deu à vontade para o jantar de quatro pessoas e ainda sobrou para o almoço de mais uma.
Fiz assim: duas colheres de sopa de azeite e uma de manteiga para o tacho até esta última derreter. Depois adicionei a carne cortada em pedaços bem pequenos e deixei alourar ligeiramente. Polvilhei com farinha, juntei duas cebolas-doces picadas, dois dentes de alho e metade de uma lata de concentrado de tomate. Seguiram-se algumas rodelas de chouriço de carne do Fundão, uma cenoura cortada em brunoise, feijão verde e copo e meio de vinho branco. Eu queria que o molho ficasse espesso, e consegui. Quase ao fim juntei salsa, uma dose generosa de mostarda de Dijon e sal. O lume esteve sempre muito brando, de maneira que levou o seu tempito até que a carne ficasse no ponto desejado... tenra até mais não!
Entretanto, já perto do final pus água com sal e um fio de azeite ao lume para cozer a massa – optei por espirais, mas isso fica à vontade do freguês. Cozida a pasta, foi só juntar à carne e ficou assim:
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