Do jantar do dia anterior sobraram algumas lulas guisadas.
As acima citadas lulas foram criação da minha mulher e, como diz o ditado, «entre lulas e mulher, não metas a colher!» Portanto, não conto como foram confeccionadas, apenas digo que não podiam ir para deitar fora, ou seja, estavam BOAS!
Apesar de boas, não chegavam para outra refeição para dois. Por isso, lembrei-me de as casar com outro «fruit de mer» (que por acaso está caro como a merd---!) Que se lixe a crise! Como o Pingo Doce diz que o aumento do IVA não passou por lá, deixei-me convencer e comprei meia lagosta e um saboroso pimento amarelo.
Eu conto o filme todo, com bilhete para duas pessoas: 1 cebola bem picadinha; 2 dentes de alho ainda mais picadinhos; 1 bom fio de azeite. Tudo a suar para dentro de um tacho anti-aderente. Um copo (20 cl) quase cheio de arroz selvagem. O mesmo copo cheio de um bom vinho branco; pitada de flor de sal e outra pitada de gindungo. Corta-se o pimento em tiras finas e junta-se a meio da cozedura do arroz, ou seja, 10 minutos depois de este estar no tacho. Aos 15 minutos é a vez de reforçar a animação com a lagosta (à qual tirei a casca e cortei em pedaços que dessem para sentir na boca). Quase no fim, juntei as lulas que cortei previamente em pedaços muito pequenos. Entretanto, com uma pinça de madeira, retirei as tiras de pimento e, como dizem os chefs da nossa praça, «reservei».
Depois seguiu-se a tarefa que me dá mais gozo: empratar e tentar que os olhos do comensal também comam. Assim, decorei com as tiras de pimento-amarelo e ainda recorri a uns tomate-cereja que ajudaram a compor o quadro.
Modéstia à parte, só posso dizer uma coisa: estava MUITO BOM!
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