Eu aprecio uma razoável variedade de interiores internos de uma série de bicharada. Gosto de língua de vaca – infelizmente, cá em casa sou o único –, não dispenso umas boas iscas de vitela (as de porco ponho de lado, ao passo que aproveito sempre o fígado do coelho), delicio-me com uma dobrada, atinjo o Nirvana com uns salmonetes de Setúbal (os verdadeiros, aqueles que nadam entre o rio Sado e o Atlântico, de sabor único e inconfundível) acompanhados pelo molho confeccionado com os fígados dos respectivos peixinhos.
Não dispenso umas tirinhas de orelha de porco (isto já são interiores externos, mas tudo bem!) no Cozido à Portuguesa e, se estiver para aí virado, também me aventuro ao chispe de porco (outro interior externo...).
Não me falem nem ofereçam rins, rabos (de boi ou de porco), túbaros ou bochechas de porco.
Após esta breve classificação de medicina-veterinária interna, vamos ao que interessa:
Dentro deste leque de vísceras e órgãos correntemente designados por miudezas, existem uns nos quais também ferro o dente se mos põem à frente: moelas de galinha, melhor ainda se forem de pato, desde que não pareçam pastilha elástica e estejam bem cozinhadas.
Acontece que um destes dias, o meu amigo Samuel, do talho Só Qualidade me disse que moelas mesmo boas são as de coelho!
Já estou farto de procurar e não consigo encontrar as ditas cujas moelas de coelho. Será que algum dos leitores deste humilde blog me sabe dizer onde consigo adquirir tal iguaria?
Imagine-se que, passados quase 10 anos sobre este post, o Continente acabou por me indicar onde encontrar as tais moelas de coelho, conforme se pode ver pela imagem:
Imagine-se que, passados quase 10 anos sobre este post, o Continente acabou por me indicar onde encontrar as tais moelas de coelho, conforme se pode ver pela imagem: